Review Teatro D'ira Vol. 1 - Måneskin

20/07/2021

Quando um artista ganha o Eurovision, é muito incomum ele sair da região denominada Europa Cultural - que se estende para um pouco do continente asiático -, mas quando sai dessa região, o vencedor do Eurovision SAI. Exemplo disso é a Itália, país vencedor da última edição, que exportou pro mundo a banda de rock Måneskin (e que exportação).

A primeira faixa é a faixa que os fizeram serem vencedores do Eurovision: Zitti & Buoni. Sirva o rock bem geladinho, é uma música boa, e assim a gente descobre que o rock é sazonal: de tempos em tempos o gênero volta a ficar em alta no mainstream, e quem fez o rock voltar dessa vez foi a Miley Cyrus com Plastic Hearts, seguida de bons artistas: Olivia Rodrigo, Willow e o próprio Måneskin, que nos entrega um ótimo conteúdo em seu álbum e mostra que o rock vai ficar mais um tempo nos gêneros em alta. Composta por Damiano David nos vocais, Victoria de Angelis no baixo, Thomas Aggi na guitarra e Ethan Torchio na bateria, todos compuseram as 8 faixas da mixtape e durante a, bem, mixtape, notamos o desenvolvimento deles enquanto compositores (por mais que não seja necessariamente em ordem). Agora vamos falar sobre sua mixtape e vamos começar pela segunda faixa:
 

• CORALINE: Sim, todos os títulos das faixas são feitas com o caps ativado. A faixa em si é incrivel-mente boa, ela conta sobre uma menina chamada, bem, Coraline, e sobre seu sofrimento, e como o vocalista se dispõe em querer protegê-la dos males do mundo sendo seu escudo e sua espada. Batidinha melódica que varia de acústico para algo mais pesado, tudo sem perder o ponto.

• LIVIDI SUI GOMITI: Hematomas Nos Cotovelos, traduzido. A música é sobre superação sem ser sobre superação, com uma batida exalando raiva e inconformação de quem a conta. E é incrível como as três primeiras faixas são incríveis, deve ser pra dar uma aliviada na próxima.

• I WANNA BE YOUR SLAVE: Essa me dá até risos pra falar. Primeira faixa em inglês, Eu Quero Ser Seu Escravo é uma faixa que você ouve e pensa 'é gata...' de tanta vergonha alheia que você sente ouvindo. Tem uns momentos que o vocalista solta uns fucking pra dar um ar de sexy e rebelde mas o máximo é entediante. É aquelas músicas que você usa em festa apenas por usar mesmo, porquê ela não dá vontade de cantar junto, apenas curtir a batida.

• IN NOME DEL PADRE: Do filho, e do Espírito Santo, amém. Ouvindo essa música eu comecei a teorizar de que se um cantor de rock cancela um show por perda de voz, na verdade foi porque elu se acabou no whisky, na vodka, na cachaça, aí a garganta foi com o pai, o filho e o Espírito Santo, por que eles RASGAM a voz e ela fica lisa lisa. Agora sobre a música: ela fala sobre fama, não superação, sobre fama. É citada na música sobre "sacrifícios" e sobre do que é feito um artista. Na minha visão o artista é feito do que ele sente, mas se você não tiver talento nem nada, então tenha contatos.

• FOR YOUR LOVE: Segunda e última faixa em inglês da mixtape e a segunda ruim. Incrível que as músicas ruins estão em inglês né, sinais de que a língua inglesa tá ficando por fora viu meus amores... brincadeira, mas que a composição nessas duas faixas em inglês é lesada e preguiçosa, é. Sobre a música: fala sobre o cara querer ser "O Cara" pra amada. Só isso. Próxima.

• LA PAURA DEL BUIO: Eu gosto dessa, a a batida não sei o porquê mas é mais sensual do que as duas inglesas juntas que eram pra ser sensuais, não se surpreenda se tocar essa numa transa, provando o que eu disse sobre o desleixo ao fazer as outras duas em específico. Essa música em questão fala sobre fama também, mas sobre quando você atinge seu objetivo, fazendo apologia a dançar com o diabo (omg).

• VENT'ANNI: Última música da mixtape, ela serve como um ótimo encerramento ao que nos foi apresentado. Ela é uma música que põe em reflexo a jornada do Damiano (provavelmente, não sei a idade deles, sei que ele é novinho) até seus 20 anos de idade. Ela começa num acústico e cresce apenas um pouco, sem deixar o sentimento passado pela música se abafar pela batida. O que artistas com tato não fazem não é mesmo meus amores.


Considerações finais: A mixtape seria incrível tirando IWBYS e FYL, essas músicas por mais que sejam comerciais (tipo, é gritante isso se você ouvir essas duas e CORALINE em comparação, por exemplo) elas não se encaixam com o que o resto nos oferece e nos conta. Quase todas as faixas são bem verbais, o que em certos momentos os palavrões são no ponto e em outros é completamente desgastante, porém sempre nos deixando com gostinho de quero mais com suas batidas sempre ótimas, só a letra que peca as vezes. No final disso tudo eu digo: estou no aguardo do volume 2 e orando pra não ter faixas comerciasi.

Nota: 7.6/10

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