
Review Red (Taylor's Version) - Taylor Swift
Um dos álbuns mais aguardados do ano é o Red, isso é fato. "Mas o Red não foi lançado a mais de 8 anos?" você pergunta, e a resposta é sim, mas não deixou de ser um dos álbuns mais aguardados do ano mesmo sendo relançamento... e tecnicamente é um álbum 'novo' pois tem faixas inéditas e a versão estendida de All Too Well que tem quase que o DOBRO de tempo de duração da original (e a versão original já tem cinco minutos e meio, então visualiza os 10 minutos mais bem gastos dos fãs da loirinha).
Quando aconteceu toda aquela situação dos álbuns da Taylor até o Reputation, foi um baque pra muita gente e principalmente pra ela, que tinha um dos maiores catálogos da indústria por um artista dos anos 2000 e a partir de 2019 só seria detentora do Lover (último álbum até então que ainda seria lançado) em diante. Por lei nos Estados Unidos, ela poderia regravar seus álbuns com algumas mudanças nos instrumentais em cada faixa e lançar essas regravações depois de algum tempo após a compra dos mesmos por outra pessoa. E ela ligeira do jeito que é, fez isso. O meu choque é saber que ela fez isso correndo e ainda tem voz pra cantar, pois façam as contas: só no relançamento do Fearless e do Red, foram quase 60 músicas regravadas e inéditas que combinam com a estética do álbum, agora sabendo disso vamos também somar o folklore e o evermore (no caso suas versões deluxe) ao Taylor's Version do Fearless e Red e a versão lançada de Wildest Dreams. Nessa brincadeira toda ela gravou e lançou 93 músicas em um período de um pouco mais de um ano, sem contar as músicas que ainda não foram lançadas e fazem parte dos outros álbuns E os descartes. Me admira mas ao mesmo tempo me choca tamanha dedicação e comprometimento dela com sua música, mais ainda se pensarmos que um artista grava em torno de 50 músicas pra mesma era e depois para de produzir por um tempo pra entrar no período de divulgação do álbum, ela fez praticamente o dobro disso entre quatro álbuns muito bem feitos, palmas pra ela.
Agora focando única e exclusivamente no Red: contendo 30 faixas, as regravações de fato são 20 das 30 músicas, sendo das 10 restantes 6 inéditas, Ronan (que não fazia parte do catálogo de Red quando foi lançado em 2012 e sim era uma música para arrecadar fundos pra instituições de caridade), Babe (que foi lançada pela dupla Sugarland em 2018 e fala sobre reação de uma pessoa que foi traída), Better Man (uma regravação da Taylor a uma música do grupo Little Big Town) e a versão de 10 minutos de All Too Well. Por mais que seja um relançamento, eu vim aqui falar APENAS das que são 100% inéditas e a versão de 10 minutos de ATW, e dito isso, vamos começar a review:
• Nothing New (feat. Phoebe Bridgers) (Taylor's Version) (From The Vault): Primeira música inédita a ser citada aqui é logo a mais triste, Nothing New é uma música que a taylor de 22 anos compôs, incerta sobre o futuro. Por mais que seja uma música amorosa (aparentemente) muito bem direcionada ao Jake, ela é mais sobre reflexões de uma pessoa que se sente perdida no mundo, que agora é extremamente interessante aos olhos das pessoas mas não tem a menor ideia de quanto tempo isso pode durar e se vai durar. A Taylor que escreveu essa música estaria tão orgulhosa e encorajada pela Taylor de hoje em dia que não teria medo de arriscar. A participação da Phoebe Bridgers é incrível e só adiciona mais e mais a melancolia reflexiva da música.
• Message In A Bottle (Taylor's Version) (From The Vault): Segunda inédita a ser citada e eu odiei. Muito ruim gente, ela parece ser mais do 1989 que do Red, talvez seja porque os produtores dessa faixa (Max Martin e ShellBack) fizeram Wildest Dreams, e por sinal essa música é a primeira em que o trio trabalhou e fez juntos, Wildest Dreams veio depois. Dito isso, essa balada pop é muito... como posso dizer... fraca, muito muito fraca, se tivesse na Taylor's Version de 1989 seria facilmente a pior do disco, mas não por ser ruim ruim de fato, mas por sabermos o potencial da loirinha e como aqui é muito desperdiçado.
• I Bet You Think About Me (feat. Chris Stapleton) (Taylor's Version) (From The Vault): Terceira faixa a ser citada e aqui a Taylor faz reparação histórica com sua discografia: Enquanto uma cantora feminina teve uma posição de destaque em uma de suas músicas (no caso a Phoebe), um dos maiores nomes da música country nos Estados Unidos é posto pra ser o backing vocal da Taylor durante a música INTEIRA, nada mais que justo. Agora sobre a música que por sinal ganhou um clipe muito bem humorado e lindo: Taylor tá naquela fase de superação do ex próxima ao final que é quando você literalmente tá pensando como o seu ex perdeu a grande gostosa que você é e como ele sabe disso. Agora sobre o vídeo: dirigido por Blake Lively (sim, a Serena de Gossip Girl), o clipe é sobre ela literalmente indo fazer um inferninho no casamento do seu ex (o ator Miles Teller) e você nota logo nos primeiros segundos o contraste dela pro resto do evento: enquanto todos estão de branco, ela é a única que está de vermelho, e conforme o clipe vai passando, o pontinho vermelho (ela) no meio do branco vai se aumentando e se espalhando, até chegarmos no final do clipe e o seu ex perceber que ele teve um delírio pensando em sua ex momentos antes do casório de fato. Tudo no clipe é perfeito.
• Forever Winter (Taylor's Version) (From The Vault): Quarta faixa a ser citada e essa aqui a Taylor produziu com o homem rodízio da indústria: Jack Antonoff. Com a participação na composição do vocalista da banda Foster The People, Mark Foster, Forever Winter é uma das músicas que mais capta a essência do Red no geral: música country pop bem equilibrada em ambos os lados. A música fala sobre as preocupações da Taylor em relação as atitudes de seu namorado e sobre a falta de comunicação no relacionamento dos dois. Das inéditas é a minha segunda favorita, só não é a favorita pois eu não namoro.
• Run (feat. Ed Sheeran) (Taylor's Version) (From The Vault): Quinta música inédita que vou falar aqui e terceiro feat que trago pra falar, essa é ruim mesmo. A Mensagem Em Uma Garrafa é ruim pois é um potencial desperdiçado, essa é ruim por ser ruim mesmo. Mas sendo sincero eu estou sendo injusto aqui pois eu não aguento a voz do Ed Sheeran, e olha que essa música aqui até que tá suportável, mas sinto que algo não encaixa, muito provavelmente deve ser a batida mesmo. Só não falo mais mal nessa música aqui pois a milícia online que são os swifties podem vir em peso.
• The Very First Night (Taylor's Version) (From The Vault): Sexta música a ser citada, ela me lembra uma coisa mais Fearless. Não é ruim, é boa, por sinal uma das mais elogiadas entre o público, não gostei muito dessa mas não vou tirar o mérito da canetada aqui e como parece MUITO que é pro Harry Styles e antecede Out Of The Woods. A música fala sobre uma relação que está fadada ao fracasso por mais que ambos se amem muito.
• All Too Well (10 Minute Version) (Taylor's Version) (From The Vault): Sétima e última faixa que falarei aqui e sendo a mais aguardada entre os fãs, All Too Well (10 Minute Version) fala sobre a relação da Taylor com o ator (que não toma banho) Jake Gyllenhaal e o contraste de idade entre os dois na época da relação: Taylor tinha 20 e ele por sua vez tinha 30. A música já na sua versão original nos contava algumas coisas da relação dos dois, já nessa versão nos é contado muitas coisas a mais na relação deles e como ela na hora deu umas canetadas nervosas, por exemplo E eu nunca fui boa em contar piadas, mas aí vai: Eu vou envelhecer, mas as suas namoradas permanecem da minha idade. Só aí já valeu a música inteira. O clipe... bem, não é bem um clipe, é um curta-metragem, e isso satisfez TANTO os fãs da Taylor que esperam por um vídeo dessa música faz quase dez anos de uma maneira que me deixa sem palavras. Mas voltando ao tópico principal: dirigido pela própria Taylor, o clipe nos mostra alguns grandes e pequenos detalhes e como tudo foi pensado: um exemplo é o casal e sua diferença de idade na vida real mesmo (Sadie Sink tem 19 anos, enquanto Dylan O'Brien tem 30), como essa diferença de idade fez com que houvesse sim uma manipulação emocional e psicológica pra cima da Taylor e uma representação clara da energia de cada um dos dois aparece em um certo momento: a luz por trás da Sadie é um amarelo vivido que representa sua felicidade e animação mesmo em momentos de dificuldade na relação, enquanto a luz atrás do Dylan nessa mesma cena é um azul extremamente claro, representando frieza por parte dele.
Considerações Finais: Julgando somente essas faixas nas quais eu comentei e descartando completamente o resto do disco, foi um bom relançamento. Obviamente já iria ser relançado com ou sem essas novas canetadas, mas a questão é como tinha algumas coisas que a Taylor não só queria nos falar como também nos mostrar que não foi possível fazer isso anos e anos atrás, e essa foi uma ótima oportunidade. Como é um relançamento eu duvido que aconteça alguma indicação em qualquer premiação que seja, mas ainda assim seria muito interessante ver a versão de 10 minutos de All Too Well sendo reconhecida em algum lugar: tanto seu curta-metragem que é muito bem produzido, quanto a própria música que mostra que a Taylor guarda pra ela mesmo como uma boa sagitariana. Message In A Bottle é fraca e Run é podre de ruim mesmo, mas mesmo com esses dois erros consideráveis, não anula em nada a magnitude e excelência dessa Taylor's Version como um todo. Esperando muito ansioso os relançamentos dos álbuns restantes e principalmente do 1989, pois esse tem muita história boa pra ser recontada, e também que tem o boato que corre pela boca pequena (e grande também) que Bad Blood vai ter a participação da Katy Perry na música e se tiver essa participação mesmo eu VIVEREI por isso.
Nota: 9.5/10