Review Quer Dançar - PRISCILLA, Bonde do Tigrão
Aproveitando que tô no embalo E patriota, vamos falar do segundo grande lançamento de ontem: a PRISCILLA (ex alcantara) entrando na sua era motomami (evangélica version).
Depois dela anunciar que faria uma mudança drástica na carreira e agora só se chamaria artisticamente de PRISCILLA (mudança enorme, uau), ela de fato mostra que mudou muito saindo do gospel pro pop empoderado... talvez gospel também.
A música em si é bem genérica, mas é boa, fazer o que né. Por mais que a letra consista somente em querer curtir a festa e um certo enaltecimento próprio (O meu sangue é latino/Deixa gringo de queixo caído e Nem Van Gogh, nem Picasso/Foi mamãe que pintou esse quadro) a música não é ruim: ela é bem boazinha pra falar a verdade. O instrumental é de impacto imediato: ou você gosta logo de cara ou você não gosta, coisa que é meio impossível essa segunda opção pois a produção tá de uma qualidade absurda, fica mesmo é a critério da composição e da voz da própria o veredito se você curtiu ou não.
A participação do Bonde do Tigrão é única e exclusivamente pra poder falar Quer dançar, quer dançar, o Tigrão vai te ensinar e meio que só... e tá tudo bem. A música usa isso de base mas fica só nisso, mal tem traços de sample e ó, tá babado.
Considerações Finais: Foi um puta do rebranding o que aconteceu na carreira dela né, como é bom ter gay na equipe de marketing. É válido continuar sendo pé atrás com ela justamente por conta dela ser evangélica e até esses tempos andar com uma galera abertamente homofóbica e preconceituosa? Sim, é, mas usar isso de argumento pra justificar porque a música é ruim é forçar a barra um pouco uma vez que estamos falando de de fato tá legal de se escutar.
A música é boa em sua maioria, ponto, a participação do Bonde do Tigrão foi no ponto também, foi mais acertos do que erros. Não é uau, a gente tá falando da Priscilla (Alcantara) que acabou de mudar o estilo dela, melhor que isso era só se tivesse uma epifania e ela estivesse em chamas na hora de compor, coisa que não aconteceu, e tá tudo bem.
Dito isso, estou animado pra essa era dela? Talvez, despertou a curiosidade de ver o que mais ela vai nos oferecer agora em 2024, mas irei ouvir? Se lançar outra música e for igualmente boa eu ouço. Arrisco dizer que por ela saber cantar (e cantar bem), ela tem potencial de dar uma assustada em quem se diz artista aqui no Brasil e vive de playback e autotune e genéricos piores que os remédios da farmácia. Vocês sabem de quem eu tô falando. Se isso envelhecer que nem leite eu finjo que não disse nada, se envelhecer que nem vinho eu assumo a autoria.
Nota: 8.1/10