Review I NEVER DIE - (G)I-dle
MINHAS MAMÃES VOLTARAM E EU NUNCA FUI TRISTE. APENAS.
Depois de um ano muito conturbando pro grupo (sendo até mais que o da participação delas no Queendom), elas voltam com seu primeiro trabalho pós saída da integrante Soojin do grupo (por sinal já falei isso no blog, cliquem aqui para lerem), o grupo coreano (G)I-dle voltam com tudo MESMO, pois chegaram com o tão aguardado primeiro álbum delas. E sim, esse é o primeiro trabalho delas sem a Soojin no grupo oficialmente, ela estava apenas afastada em Last Dance.
Lá em 2018 quando elas debutaram salvando a Cube de uma próxima e eminente situação de barril, os fãs do grupo sempre esperaram o tão especulado full album delas pois, bem, elas não brincam em serviço e isso notamos a cada comeback e principalmente a cada performance, quem não se lembra da Soojin mandando um rap nervoso porém sem perder a classe no Queendom? Ou então a performance delas de Put It Straight no Queendom? Claro que também temos momentos fora do reality, claro, como por exemplo elas performando pela primeira vez no Melon Awards ainda no seu primeiro ano de grupo e sendo uma das performances mais comentadas do evento e também uma das mais elogiadas, lembraram?
Com o seu auge artístico até então sendo os mini albuns I Trust (2020) e o I Burn (2021), os fãs já tinham certeza de que iria vir um full album no próximo comeback delas e se não viesse era certeza que ia brotar um galerê com paus e pedras em mãos na porta da Cube Entertainment. E depois de quatro anos de espera, finalmente veio aí um álbum completo fazendo jus ao talento e merecimento do grupo, também de tabela fazendo você liberar a persona vândala super estilosa mas ao mesmo tempo problemática e elegante que existe dentro de você.
Sem mais enrolação, vamos começar:
• TOMBOY: Primeira faixa e o single carro chefe do álbum, é com essa perfeição rock/pop bem gostosa de se ouvir que dá o tom pro resto do disco: quando a mina bota pra maquinar, não tem boca, então se não botar pra maquinar você vaze imediatamente, isso enquanto o rock predomina. A música é uma faixa de empoderamento feminino, mas também de "meu ex é um bosta e eu que mando nessa *censura*, soma ou some fi". Acompanhada de um MV que simplesmente é perfeito pra música, eu tenho ZERO reclamações ou opiniões negativas a respeito, sou cadelinha delas e acabou. Como a Cube é infeliz e amarga, o vídeo não está disponível mas ao mesmo tempo está, então quem quer ver o clipe clique aqui. Por sinal a música é censurada tá, a versão explícita só tem nos CDs... e no Youtube, só procurar. Acho engraçado falar de empoderamento feminino sendo um homem, penso muito nessa foto aqui enquanto digo isso:
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• Never Stop Me: Segunda faixa e essa é aqueles rock da segunda metade dos anos 2000, não ironicamente me lembrou aquela música da Kelly Clarkson lá, a My Life Be Would Stuck Without You (muito boa por sinal, vão ouvir), mas só na pegada, o resto é diferente. Enquanto TOMBOY é algo mais "superei o ex amooooooo", essa é tipo uma ressaca moral mas você fica em conflito com essa ressaca pois você sabe que foi a melhor decisão terminar. Nessa música também eu me entrego por inteiro pra Yuqi e pra Minnie pois elas na minha opinião foram os pontos altos, se quiserem pisar em mim elas podem pois podem tudo.
• VILLAIN DIES: Essa aqui é batida de boss *censura*, de quem anda pela boate sabendo que se quiser manda naquela *censura* e se quiser manda no mundo também. A terceira faixa não é um rock (eu sei, não fique triste) mas é uma batida TÃO sensual e perigosa que simplesmente quem falar mal tá mentindo. Como a própria Soyeon disse: a música se trata sobre uma vilã mas no ponto de vista dela e como seria o seu final feliz, mesmo que para isso o mocinho tenha um fim triste. Chique, música perfeita pra Malévola e pra Úrsula, saindo do mundinho do rato leproso também serve que nem uma luva pra Layla do Miraculous Ladybug OU melhor ainda pra quem ainda não está satisfeito, serve também para a Wanda. Por sinal ela se encaixa melhor como exemplo pois ela foi taxada de vilã, como a própria música diz. Canetada certeira e fatal.
• ALREDY: Quarta música do disco e também não é um rock mas essa é pra você andar de busão enquanto chove, sentado ao lado da janela olhando pra paisagem passando como se fosse um filme mudo e pensando como que você foi ludibriado pelo seu mais recente ex, mas também como você dá graças aos deuses por ter acabado. Mais calma pro disco porém não deixa de ser uma ótima música.
• POLAROID: Quinta música do álbum e essa é pra chorar mas em um bom sentido. Vou explicar: a música fala sobre ter esperança no futuro, que mesmo que seja doloroso deixar ir você ainda pode lembrar das coisas boas e sorrir. Então sim, é pra chorar em um bom sentido pois é deixando as coisas irem que podemos então seguir em frente e esperar coisas boas que podem vir. A música é mais bobinha porém continua na temática do disco, beijos.
• ESCAPE: A sexta música do disco é a coisa mais próxima que teremos delas falando da saída da Soojin, isso porque nem direito é. Composta por Minnie, ESCAPE fala sobre ficarem juntos em momentos difíceis e que tá tudo bem não ser forte toda hora mais ainda em momentos conturbados, parece muito que a música é uma mensagem delas pra Soojin como uma despedida e um lembrete de que elas estão ali pra ela sempre. ESSA eu chorei.
• LIAR: A-CA-BOU A TRISTEZA, VOLTAREMOS A SER GOSTOSAS E DESSA VEZ GOSTOSAS MENTIROSAS. Na sétima e penúltima faixa do álbum a música fala sobe fake news ditas sobre você pelo seu ex basicamente, aí você está *censura* e resolve ir tirar satisfação mas sem dar espaço pra resposta. Chiques.
• MY BAG: Terminando com grande estilo e ostentação num hip-hop de dar gosto, a oitava faixa do disco é mais uma música pra se divertir e com o intuito de ser despretensiosa em relação ao resto. O que mais me irrita aqui (na verdade é a única coisa que me irrita) é que se a Soojin estivesse no grupo ainda, ela cantaria rap. Eu te odeio Cube, eu te odeio.
Considerações Finais: A espera pelo full album valeu TANTO a pena que chega a ser reconfortante saber que elas evoluíram muito em apenas quatro anos em atividade enquanto grupo e já são um dos (se não o) mais completo da quarta geração. Sim você inegavelmente sente a ausência da Soojin nas músicas porém quando você escuta ESCAPE e ouve tudo de novo, você consegue tratar a falta dela de maneira saudosa, não como um fantasma no recinto. As músicas são perfeitas e eu amo que o disco todo é 50% good vibes e 50% gostosas em ação, que nem nessa foto aqui:
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Acho engraçado que todas as faixas são em caps lock ativado e Never Stop Me não é, parece muito quando você tá falando de uma série, elogia vários personagens e quando chega no que você não gosta, você solta um "é legal". Que o grupo continue melhorando e evoluindo cada vez mais pois eu enquanto fã preciso delas para viver... e dos meus medicamentos.
Nota: 10.0/10