Review I Love - (G)I-DLE
Depois de um comeback daqueles após um ano de hiato E após a saída da Soojin do grupo, as cinco mais novas madrinhas da Coréia do Sul retornam agora repaginadas e loiras, mostrando que elas podem fazer o que quiserem pois quem sustenta aquele muquifo da CUBE são elas e apenas elas.
Depois das canetadas certeiras em I NEVER DIE, os fãs e parte da comunidade estava olhando atentamente para o próximo passo das meninas, e isso só reafirmou o fato delas serem as maiores rookies da quarta geração não só pela sua chegada como também pela sua consistência em manter sua relevância depois dos estrondos de LATATA e HANN, e voltando aquela tradição de artistas kpop de lançar dois projetos distintos no mesmo ano, elas voltaram na última segunda (17) com seu mais novo mini álbum intitulado I Love.
Com 6 faixas, o disquete aqui não passa nem de vinte minutos manos, monas e minas. NEM VINTE MINUTOS SABE, dói muito bem aqui onde eu tô te mostrando doutor.
Sem mais enrolações, vamos ao faixa por faixa:
• Nxde: Primeira música e faixa título do disco, ela é bem afiada na letra e bem certeira na sua mensagem, criticando como a palavra nudez e a figura feminina nua foi atrelada a algo sexual sendo que não tem nada a ver e nunca nem teve algo a ver, sendo algo criado pelo patriarcado... o que convenhamos, é a mais pura verdade, não que precisasse de uma música a respeito, mas pra uma pessoa leiga ou que se faz de cega né. Nxde, além de criticar essa visão sexualizda e vulgar, gera um novo significado a palavra e incentiva você a 'mostrar seu verdadeiro eu' e lutar contra esses abusos. Por sinal o clipe tem uma animação de uma loirinha que muitos dizem (eu incluso) que essa foi uma homenagem mais direta a Soojin.
• LOVE: Segunda faixa e aqui me parece mais uma continuação direta de ALREDY, lá do I NEVER DIE, mas com um salto considerável de tempo. Aqui mostra que elas não namoraram mais ninguém desde então, porém não sentem a necessidade de encontrar alguém uma vez que suas vidas estão bem resolvidas e o foco agora e aprender a se amar mais. "Ex-namorados? Não conheço amor, agora licença que tenho hora", aí você entra no seu carro com motorista particular e vai fazer um trabalho super chique pra televisão ou pra revistas de luxo, algo assim. A música é bem essa vibe.
• Change: Terceira faixa e aqui é mais uma carta aberta de como a fama pode ser extremamente vazia e dolorosa pra vida de alguém, e só pelo clichê eu odiei. Odiei tudo envolvendo essa música, vocês não fazem ideia. Não que seja ruim... tá, é ruim, mas a batida é genérica (parece que alguém independente que tá começando produziu e não uma gravadora) e a letra por mais que seja mais original, já existe Fake Smile da Ariana Grande (que por sinal é boa), então essa comida aqui tá intragável pra mim.
• RESET: Quarta música e aqui parece um pré ALREDY. Tipo, dá pra montar uma história: essa em primeiro, mostrando os momentos finais da relação e o início da vida pós término, vc louco pra voltar, mas sabe de certa maneira que nem vale a pena a tentativa; ALREDY se passando um mês depois e mostrando como você entendeu que o fim era esse e que já aconteceu, e depois fecha lá com LOVE. Não é à toa que essas três faixas curiosamente tem o título escrito em caps. Mas não é por eu ter criado a teoria na cabeça que eu vou achar essa música aqui boa, como o disquete tem 6 faixas, se ranquear essa aqui fica em 4º.
• Sculpture: Quinta faixa e... é isso aí, tenho nem o que falar, o importante é participar, não é? Pois é.
• DARK (X-file): Sexta e última música do disquete aqui e eu gosto que é sempre assim os álbuns e mini álbuns delas: começa e termina com uma faixa bem gostosa de se ouvir que não tem como relcamar. Com a tradução bem naquelas do Letras.mus, não consegui ver completamente o que se tratava a música (e olha que eu pesquisei), porém o pouco que eu entendi eu gostei e é o que importa, sem contar que o instrumental remete muito a era I NEVER DIE.
Considerações Finais: Pela primeiríssima vez eu vou ter que dar nota baixa pra quem eu gosto a extremo contragosto porque a gatinha da Soyeon ficou com a mão cansada na hora de meter a canetada e de certo modo não a julgo... tanto, é realmente ter um caso raríssimo de escoliose compartilhada que nem essas mulheres têm trabalhando para a CUBE durante todo esse tempo. Mas voltando: metade das músicas boas nãos sustenta um trabalho musical, mais ainda quando é um sobe e desce por conta da ordem das faixas, parece aqueles desafios de apresentação em Rupaul's Drag Race no qual a queen escolhe a ordem de apresentação entre todas e aí ela vai e bagunça tudo. Quem sabe no próximo comeback elas não só acertem em cheio que nem acertaram em todos os anteriores E ACIMA DE TUDO ACERTEM NA CAPA (em 2023 com certeza, eu tenho fé!).
Nota: 5.0/10