Review Dawn Of Chromatica: The Remix Album - Lady Gaga
FINALMENTE VOLTAMOS COM O SITE 100% PRETO AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA. Senti saudades <3.
Em 2020, dois meses depois da pandemia ter começado em todo o mundo, Lady Gaga lançou seu tão aguardado comeback pro pop com o Chromatica, chamando todos os seus fãs pro planeta fictício da cantora e um mês depois a nossa narigudinha trancou seus fãs lá e abandonou o planeta. Mas no dia 3 desse mês, ela lembrou que tem um povo pra alimentar lá e lançou um álbum de remixes do seu último lançamento. Agora, com metade da população do planeta desidratada e morrendo de fome depois de mais de um ano de esquecimento, vamos ver se ela alimentou bem seus Little Monsters.
Com 14 faixas e todas com colaborações incríveis e versões novas de cada música presente no álbum (exceto os interlúdios), nesses quase 50 minutos de álbum a nossa narigudinha nos mostra que não tem medo de se arriscar e que sabe agradar seu público (por mais que parte dos seus fãs seja extremamente lelé das ideias e foram xenofóbicos e transfóbicos com algumas convidadas E a própria Pabllo). Depois de um álbum extremamente duvidoso que eu tive que fazer review, agora eu vou falar com total vontade e 100% inspirado aqui e pela PRIMEIRÍSSIMA VEZ eu vou fazer um faixa por faixa COMPLETO, começando pela primeira faixa:
• Alice - LSDXOXO Remix: Alice era uma música muito boa na versão original do álbum, aqui virou música pra se entorpecer na balada. LSDXOXO é um ótimo artista mas aqui a música não encaixou, parece que chamaram a The Blessed Madonna pra fazer parte dessa faixa aqui e esse foi o resultado. Não é ruim, deixando bem claro, apenas não encaixa no resto do álbum.
• Stupid Love - COUCOU CHLOE Remix: Segunda faixa do álbum e nessas duas primeiras faixas eu tirei pra mim que aqui são faixas pra balada, tipo, as outras faixas são pra festa ou viagem (até mesmo pra limpar a casa) enquanto os remixes de Alice e Stupid Love são exclusivamente pra baladas e boates. Essa também é boa, e também não tem nada a ver com o álbum, por mais que consiga se encaixar um pouco entre os demais remixes.
• Rain On Me (with Ariana Grande) - Arca Remix: Terceira faixa do álbum e nossa, a música que já era bem ok melhorou absurdamente depois do toque da Arca, por mais que tenha parecido que ela se segurou MUITO na hora de mudar a música no remix. Pra quem não acompanha a Arca e a conheceu logo de primeira aqui nessa faixa remixada, é normal ficar estranhando o remix mas lembrem-se: remix não é pra ser igual a música original, no máximo é pra lembrá-la em certos pontos, e aqui a Arca fez com maestria uma ótima produção.
• Free Woman - Rina Sawayama & Clarence Clarity Remix: Quarta faixa do álbum e assim, eu não curtia a faixa original, achava muito devagar, aqui a dupla Rina & Clarence deram um outro tom a música, deixando ela mais agitada e com um sentimento maior de empoderamento feminino (por mais que eu seja um HOMEM falando isso).
• Fun Tonight - Pabllo Vittar Remix: MELHOR FAIXA DOS REMIXES JUNTO DE REPLAY. Pabllo Vittar trouxe um forró e uma brasilidade pra música que era a mais fraca do álbum em sua versão e a transformou em uma verdadeira sofrência de forró com brega na qual você dança coladinho consigo mesmo enquanto segura a lágrima, afinal, já dizia o refrão: I'm not having fun tonight. A quinta faixa é um ponto extremamente alto dentre os remixes e realmente vai aumentar a relevância e a popularidade da Pabllo internacionalmente.
• 911 - Charli XCX & A. G. Cook Remix: Sexta faixa do álbum e a primeira faixa que tem não só alteração no instrumental e em sua produção como também teve alteração em sua letra. Aqui Charli e A.G. desaceleraram o ritmo da música e complementam mais o significado original da música (sobre você ser seu maior inimigo e adversário). Com certeza um dos melhores remixes do álbum também.
• Plastic Doll - Ashnikko Remix (ft. Oscar Scheller): Ouvindo a sétima faixa eu lembro daquele tweet que não consegui recuperar que dizia: O bom da Ashnikko estar no Chromatica Remix é que nenhum remix vai ser pior que o dela. No final a piada saiu pela culatra pois o remix é muito bom e o pior remix aqui (se é que tem) foi o de Alice, é gata, acontece. Ashnikko e Oscar Scheller complementaram a música com uma batida mais pesada e uma letra que diz sobre você se entregar a outra pessoa para agradá-la e ainda assim não ser suficiente.
• Sour Candy (with BLACKPINK) - ShyGirl & Mura Masa Remix: Enquanto em todas as faixas a batida mudou e em algumas a letra mudou, aqui só mudou a letra mesmo, a batida é praticamente a mesma, o que é trise em partes. E é triste em partes pois por mais que não pareça, essa faixa tinha um pouco de potencial se fosse inteiramente remixada, mas também é compreensível pois a música já tem a baitda ideal pro verso da Shy.
• Enigma - Doss Remix: Nona faixa e aqui é igual as duas primeiras faixas: remix de balada, mas aqui é mais encaixada no álbum do que as duas primeiras faixas, e ainda é mais na temática "limpe a casa dançando".
• Replay - Dorian Electra Remix: Décima faixa e como eu disse antes: é a melhor faixa do disco junto com Fun Tonight. Aqui a música mescla algo mais baladeiro com o rock característico de Dorian Electra, sem contar que Dorian também adicionou um verso na música, também destacando o que a música em si fala: estresse pós-traumático. Desde quando vazou um trecho dessa música ainda no dia 1 de agosto eu já tinha plena convicção que seria um remix do *censura*... e eu estive certo, e estar certo é viciante.
• Sine From Above (with Elton John) - Lil Texas, Chester Lockhart & Mood Killer Remix: Aqui a música que antes era uma música de esperanças vazias de uma pessoa forçada a ser enrustida, a música com o toque do remix virou tipo uma aventura desastrosa em busca da felicidade, com direito a Akira Expirience no final da música no qual você entra em uma viagem louca e catastrófica com uma grande explosão ao fundo. Eu gostei, e conheci o trabalho do doido do Lil Texas, ou seja, só lucros.
• 1000 Doves - Planningtorock Remix: Décima segunda faixa e aqui - novamente - se aproxima mais de música de balada, igual Enigma, Stupid Love e Alice. A ideia de um álbum remixado é justamente ser tocado em baladas ou aquelas sessões sem parar de rádio que tudo é emaranhado em uma longa faixa, mas um álbum remixado cuja a intenção era mais agradar os fãs, isso meio que se perde. O remix (assim como os outros três nessa pegada) estão ótimos, mas não se encaixa nesse álbum em especial.
• Babylon - Bree Runway & JIMMY EDGAR Remix: Décima terceira e penúltima faixa do álbum e aqui eu fico triste pelo álbum estar acabando mas fico feliz também pois aqui eu estava implorando pra não mudarem muito Babylon pois essa faixa é puro desfile e se tirasse isso eu ia ficar triste. A Bree e o JIMMY fizeram um ótimo trabalho destacando a mensagem original da música e se amostrando mais um pouco também.
• Babylon - Haus Labs Version (with Bloodpop & Tchami): A décima quarta do disco e encerramento do mesmo é uma outra versão de Babylon, mas essa versão era muito aguardada entre os fãs pois ela foi usada em julho do ano retrasado (2019) no anúncio da criação da linha de maquiagens da nossa mais nova revendedora de cosméticos Lady Gaga: a linha de maquiagem Haus Labs. Os fãs estavam ansiosos após Gaga ter confirmado a música Babylon no Chromatica pois, bem, fãs ratinhos já haviam descoberto que se chamava Babylon a tal música. Mas não entrou na versão original, e sim agora nos remixes, e se eu tivesse que escolher uma versão pra eu ouvir pra sempre, seria essa aqui (desculpa Bree). Na versão original e no remix com a Bree Runway e JIMMY EDGAR, a batida não mudou muito, o destaque foi a alteração na letra, mas aqui a música vira algo mais... como posso dizer... luxuoso, essa versão fica mais luxuosa e mais instigante pra se desfilar e fazer vouging.
Considerações Finais: EU AMEI. Essas são as considerações finais. Brincadeira, sendo sério agora: dos 14 remixes, gostei de 10, o que dá uns 71%, mas mesmo das que eu gostei mantenho algumas ressalvas, mas nada que faça eu dar uma nota menor, e sim frescura minha mesmo. Gaga finalmente lembrou que aprisionou uns viadingles no seu planeta e os alimentou bem antes de entrar pro jazz novamente, ou seja, sirva bem para servir sempre.
Nota: 7.1/10