Review AFRODHIT - IZA
Depois de falar consideravelmente mal de um projeto indisposto feito de maneira desleixada, finalmente vamos da água pro vinho e agora sim vou comentar sobre um Álbum (com A maiúsculo), sendo tecnicamente a mulher mais puta com o ex, empoderada e apaixonada pelo atual (ao mesmo tempo) da indústria no ano de 2023: IZA.
Depois de, bem, muita gente (incluindo fãs) criticar e reclamar da ausência de músicas novas e quando tinha, era em quantidades mínimas, IZA mostra que a espera se mostrou valorosa e nos agracia com seu segundo álbum refeito DO ZERO e detalhe: com pouquíssimos meses de produção.
Em resumo o disco se divide em grandes duas narrativas que são: ela puta com o seu ex-marido e ex-produtor (no qual não citarei o nome pois não merece esse palco), e a outra narrativa sendo ela apaixonada, mas enquanto a segunda parte do disco é mais fácil de se entender (uma vez que ela dá canetada certeira), a primeira é mais complexa e temos que ir um pouco a fundo: um pouco antes do processo de divórcio da cantora, ela começou a perceber que ela se encolhia E era encolhida pelo seu então companheiro quando estavam juntos, isso sendo apontado pra ela por amigos, pra se ter uma ideia tem um vídeo de julho do ano passado que voltou a viralizar recentemente no qual ele desaprova fortemente e faz cara feia a respeito de uma brincadeira completamente boba vinda por parte dela.
Quando ela notou que estava vivendo um relacionamento tóxico, ela conversou com ele e disse querer o divórcio, nisso APARENTEMENTE (isso é fofoca) ele reagiu friamente dizendo que queria o valor humilde de R$10 milhões no processo de divórcio por que ele produziu (até então) todas as suas músicas; aquele famoso "eu te fiz quem você é hoje! >:(".
Isso foi um balde de água fria sendo jogado na sócia da TIM e PicPay pois SEGUNDO A FOFOCA ela esperava o mínimo de consideração por parte dele, já que tinham uma história de anos juntos. A partir daí que começou a re-produção do segundo disco da IZA já que, segundo a própria, não queria que ele recebesse um centavo pelo novo projeto da artista, e assim, um disco dessa qualidade sendo produzido rapidamente desde janeiro desse ano com composições bem profundas e envolventes é de se bater palma, porque é um nível de comprometimento que algumas pessoas aí andam necessitadas de ter, rs rs.
O resultado dessa história foi o segundo álbum da cantora, o AFRODHIT, sendo até então o projeto mais feminino e mais pessoal da nossa carioca. Já o conceito do álbum é: o conceito de um ser que nasceu do centro da Terra e caiu no universo urbano, passando a viver as conquistas e agruras, os desamores e recomeços, e não poderia ser mais certeiro.
Logo de cara começamos o disco com a pedrada Nunca Mais que mostra bem o desamor vivido por ela no fim de seu casamento, no qual sinaliza que ela não tinha medo do famoso 'vai ou racha', e uma vez que foi pro racha é tchau e bença. Ainda seguindo a narrativa do com todo o respeito mas tome muito nesse seu cu, a segunda faixa do disco é Fé Nas Maluca com a participação da Mc Carol, na qual realça e reforça o fato dela (IZA) estar bem sem seu ex-marido e que ela pode tudo.
A terceira música do álbum é a envolvente Que Se Vá, que expressa muito bem o descontentamento da IZA a respeito do comportamento do seu ex-encosto durante o fim de seu relacionamento, jogando despojadamente na mesa os fatos de que tudo que ele tem na verdade foi ela que bancou e que não parece coerente ele querer até um pote de cozinha; essa narrativa de estar descontente e desapontada se segue e ao mesmo tempo se encerra em Tédio, quarta faixa do disco. Em Tédio ela já se encontra indiferente ao comportamento do seu ex-companheiro e sobre ele em si, e como agora ela só não consegue mais se importar, isso sendo seguido com uma música pop meio assim, sinalizando rancor.
Deste ponto, das faixas cinco a oito, vamos ver meio que um interlúdio entre narrativas sem fugir do conceito do álbum que são respectivamente : Mega da Virada (ft. Russo Passapusso), Batucada, Boombasstic (ft. King) e Terê.
Chegando na reta final do disco, as últimas cinco faixas destacam bastante o fato da nossa proprietária da TIM estar apaixonada e, ai ai, o amor está no ar. Fiu Fiu (ft. L7NNON), Sintoniza (ft. Djonga) e Uma Vida é Pouco Para Te Amar são definitivamente os maiores destaques dessa última parte do disco, sendo Uma Vida é Pouco Para Te Amar o encerramento do disco. Todas as músicas dessa última parte são o mais puro romance e não é por nada não mas minha favorita é Sintoniza, perdão, mas um convite desses cheio de malícia e love é fenomenal. Na verdade todas as participações no disco são fenomenais, nenhuma se sobressai da outra pois todas estão em um elemento que encaixa perfeitamente com o artista convidado.
Considerações Finais: O disco como um todo não possui erros, fim. A insatisfação geral pela espera excessiva pelo tão aguardado segundo álbum da IZA no final foi justificada e foi mostrado que ela era muito segurada por vocês-sabem-quem, e agora ela tem muito mais liberdade artística do que antes, podendo por exemplo cantar no real tom dela (que é um gravezão gostoso). Como disse anteriormente os feats são certeiros e nenhum é melhor que o outro, o seu feat favorito vai puramente por questão de preferência.
Em AFRODHIT a cantora abraça seu empoderamento, sua feminilidade, sua independência e autoconfiança no funk, no rap, no lovesong, no pop e tudo isso sem largar do afrobeat, e toda essa soma ressalta e mostra mais uma vez que ela é Artista com A maiúsculo e que sim, ela precisa lançar músicas novas... um deluxe também não cairia mal.
Nota: 10.0/10
Ô galera perdão se o texto parecer confuso em alguns momentos, juro que não foi por mal, é minha segunda review em texto, mas foi feito de coração e agora que voltei com o blog eu queria muito falar do novo projeto dela. CASO UM DIA, ASSIM, ELA VEJA: IZA, mulher, nunca pare de lançar música pelo amor de Deus, te amo, você é diva, espero que tenha visto o meme da mona empoderada no Grindr som de Dona De Mim pois ele é divônico.